ARTISTA INTERPRETA O MUNDO
O real e o fantástico, na arte de Ferreira
Por Adriana Dutra
Seja pelo traço do pincel ou pelo simples detalhe em cerâmica, logo percebemos que as raízes desse artista estão entranhadas no bairro de campo Grande. Ferreira ou Ferreira ferreiriza, como era chamado por Gilberto Freyre, é filho de Manoel Ferreira da Silva e Ana Augusta de Carvalho; tem dois irmãos e vive no bairro desde que nasceu.
Suas primeiras pinturas foram feitas na casa da Rua Catulo da Paixão Cearense, onde também está o seu atelier. Em dois quarteirões, antes de chegar em sua residência, já podem ser vistos, nos muros, a identificação do artista que transformou o local em atração.
O atelier onde é um espaço magnífico por dentro e por fora; de uma beleza admirável aos olhos humanos; um encontro de luz e sombras. Cercado por plantas em sua entrada e numa grande muralha são vistos os trabalhos na cerâmica, e nas calçadas; pinturas de animais como a tartaruga marinha e a coruja.
O talento de Ferreira começou muito cedo, quando tinha apenas 15 anos de idade. Ele freqüentou a Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco e logo cedo ganhou seu primeiro prêmio: Um painel em vitral medindo (7,10x2,60m), exposto na sede da Chesf, no Recife.
São quarenta anos de trabalho que representam a sua vida familiar, realidades, sonhos e segmentos que nasceram da infância, adolescência e juventude do artista. O material usado pelo pintor são produtos naturais, como: barro, ferro, cerâmica, louçarias, castiçais e as muitas cores das tintas que expressam a sua maneira de viver.
O pintor foi uma criança como qualquer outra, do bairro. Vida simples, gostava de jogar futebol, que durou até a sua juventude; estudou na escola do bairro conhecida como Clóvis Bevilaqua (que existe ainda hoje), é formado em Administração e Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (não chegando a exercer a profissão). Segundo o artista, todos os dias jogava bola, mas o seu destino, já traçado pelas artes, fez com que ele deixasse de correr atrás da bola para correr atrás de uma tela e de um pincel.
Além de sua dedicação pela pintura, também tem admiração pela Sinuca, tanto que em sua casa tem uma mesa de Sinuca; pois é um esporte que requer equilíbrio e concentração; assim como as telas no mais fino traço ou na mistura das cores. Ferreira, como qualquer jovem nos dias de hoje, participou de uma banda chamada Os Gatos como guitarrista; e chegou até a tirar o documento de inscrição da ordem dos músicos do Brasil, com especialidade de cantor popular.
Ferreira não faz o seu trabalho sozinho. Ele tem uma equipe, composta de amigos de infância e que trabalham como seus colaboradores há mais de vinte anos. Eles aprenderam com o artista a fazer as pinturas e peças em cerâmica.
Em seu livro “Redescobrindo o Paraíso”, uma bibliografia organizada pelos também artistas Paulo Brusky e Silvia Pontual. Ferreira relata a sua história e mostra todas as suas obras feitas ao longo dos seus 60 anos de idade. O livro traz ainda os depoimentos de algumas personalidades, como: Gilberto Freyre, João Alberto Sobral, Abelardo da Hora, Ariano Suassuna e Jarbas Vasconcelos, que relatam a admiração pelo artista.
A exposição: “Ferreira: Redescobrindo o Paraíso”, realizada em novembro de 2005, no Museu do estado de Pernambuco, apresentou as suas obras para o grande público, um dos maiores acontecimentos já vistos nas artes plásticas.
Diversos prêmios foram ganhos pelo artista, sem contar que a sua trajetória é bastante conhecida, e suas obras já foram divulgadas em catálogos, folderes, jornais do Recife, São Paulo e de outros países; ilustrações, livros, exposições individuais e coletivas e a participação imensurável de ser divulgado em um jornal do seu próprio bairro (Campo Grande em Foco).
A perfeição, o detalhe e o cuidado que o artista exprime nos seus trabalhos estão aliados também à responsabilidade de representar a cultura de Pernambuco e tem levado essa arte para diversos países, como: Holanda, Alemanha, França (Paris), Inglaterra (Londres), Argentina, Republica Dominicana e Portugal.
Hoje, Ferreira tem dedicado suas pinturas a um só tema: Flores. Mas, segundo ele, pode ser mudado a qualquer momento. “Não tenho um segmento, apenas pinto o que gosto e o que me faz sentir bem”, conclui o artista.
****Serviços: Ferreira – Pinturas, Aquarelas, Cerâmicas, porcelanas, serigrafias e esculturas. Fone: 81- 9974-5604 / www.ferreira.art.br – e-mail: ferreira@ig.com.br
Suas primeiras pinturas foram feitas na casa da Rua Catulo da Paixão Cearense, onde também está o seu atelier. Em dois quarteirões, antes de chegar em sua residência, já podem ser vistos, nos muros, a identificação do artista que transformou o local em atração.
O atelier onde é um espaço magnífico por dentro e por fora; de uma beleza admirável aos olhos humanos; um encontro de luz e sombras. Cercado por plantas em sua entrada e numa grande muralha são vistos os trabalhos na cerâmica, e nas calçadas; pinturas de animais como a tartaruga marinha e a coruja.
O talento de Ferreira começou muito cedo, quando tinha apenas 15 anos de idade. Ele freqüentou a Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco e logo cedo ganhou seu primeiro prêmio: Um painel em vitral medindo (7,10x2,60m), exposto na sede da Chesf, no Recife.
São quarenta anos de trabalho que representam a sua vida familiar, realidades, sonhos e segmentos que nasceram da infância, adolescência e juventude do artista. O material usado pelo pintor são produtos naturais, como: barro, ferro, cerâmica, louçarias, castiçais e as muitas cores das tintas que expressam a sua maneira de viver.
O pintor foi uma criança como qualquer outra, do bairro. Vida simples, gostava de jogar futebol, que durou até a sua juventude; estudou na escola do bairro conhecida como Clóvis Bevilaqua (que existe ainda hoje), é formado em Administração e Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (não chegando a exercer a profissão). Segundo o artista, todos os dias jogava bola, mas o seu destino, já traçado pelas artes, fez com que ele deixasse de correr atrás da bola para correr atrás de uma tela e de um pincel.
Além de sua dedicação pela pintura, também tem admiração pela Sinuca, tanto que em sua casa tem uma mesa de Sinuca; pois é um esporte que requer equilíbrio e concentração; assim como as telas no mais fino traço ou na mistura das cores. Ferreira, como qualquer jovem nos dias de hoje, participou de uma banda chamada Os Gatos como guitarrista; e chegou até a tirar o documento de inscrição da ordem dos músicos do Brasil, com especialidade de cantor popular.
Ferreira não faz o seu trabalho sozinho. Ele tem uma equipe, composta de amigos de infância e que trabalham como seus colaboradores há mais de vinte anos. Eles aprenderam com o artista a fazer as pinturas e peças em cerâmica.
Em seu livro “Redescobrindo o Paraíso”, uma bibliografia organizada pelos também artistas Paulo Brusky e Silvia Pontual. Ferreira relata a sua história e mostra todas as suas obras feitas ao longo dos seus 60 anos de idade. O livro traz ainda os depoimentos de algumas personalidades, como: Gilberto Freyre, João Alberto Sobral, Abelardo da Hora, Ariano Suassuna e Jarbas Vasconcelos, que relatam a admiração pelo artista.
A exposição: “Ferreira: Redescobrindo o Paraíso”, realizada em novembro de 2005, no Museu do estado de Pernambuco, apresentou as suas obras para o grande público, um dos maiores acontecimentos já vistos nas artes plásticas.
Diversos prêmios foram ganhos pelo artista, sem contar que a sua trajetória é bastante conhecida, e suas obras já foram divulgadas em catálogos, folderes, jornais do Recife, São Paulo e de outros países; ilustrações, livros, exposições individuais e coletivas e a participação imensurável de ser divulgado em um jornal do seu próprio bairro (Campo Grande em Foco).
A perfeição, o detalhe e o cuidado que o artista exprime nos seus trabalhos estão aliados também à responsabilidade de representar a cultura de Pernambuco e tem levado essa arte para diversos países, como: Holanda, Alemanha, França (Paris), Inglaterra (Londres), Argentina, Republica Dominicana e Portugal.
Hoje, Ferreira tem dedicado suas pinturas a um só tema: Flores. Mas, segundo ele, pode ser mudado a qualquer momento. “Não tenho um segmento, apenas pinto o que gosto e o que me faz sentir bem”, conclui o artista.
****Serviços: Ferreira – Pinturas, Aquarelas, Cerâmicas, porcelanas, serigrafias e esculturas. Fone: 81- 9974-5604 / www.ferreira.art.br – e-mail: ferreira@ig.com.br
Um comentário:
Moro em Campo Grande desde que me entendo por gente. Sempre passei por esse local e ficava a admirar os trabalhos feitos em azulejo que decoravam duas casas no caminho de meu colégio e dos vários Puma(carro) que eu sempre vi parado ali na frente, mas nunca soube ao certo de que aquilo se tratava. Muito bom.
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