Mais de vinte e cinco manifestações religiosas marcam presença no bairro de Campo Grande.
Por Adriana Dutra
Batuques, mesa branca, terços e orações são práticas religiosas encontradas em qualquer cidade ou país, e no bairro de Campo Grande não é diferente.
Num simples passeio pelo bairro e adjacências, podemos observar a diversidade das manifestações religiosas, descobrimos que existem aproximadamente 32 locais onde as pessoas exercitam a sua fé: 13 igrejas evangélicas; 4 igrejas católicas (incluindo capelas); 7 centros espíritas, e 8 centros de umbanda.
Além dessas citadas, existem também no bairro de Torreão a Igreja dos Mórmons e uma Loja Maçom em Campo Grande. Mas um fato é curioso; boa parte das pessoas que freqüentam as duas últimas “igrejas” não moram na comunidade.
Não se sabe ao certo o que leva essas pessoas a procurarem instituições religiosas, a fim de encontrarem respostas para suas aflições. A fé religiosa, é bastante presente também entre os moradores, embora existam várias doutrinas diferentes respeito entre eles é notável, pois convivem harmoniosamente no mesmo bairro. Não basta ser apenas um praticante de cada uma dessas religiões; segundo alguns dos entrevistados, a religiosidade vai muito além do que se pode explicar e exige respeito da sociedade como um todo, visto que todos têm liberdade para praticar a religião que melhor lhe convém.
A dedicação pela religião em alguns casos, vem de berço; a exemplo da Rosalina Rodrigues filha da mãe de santo Lindalva Rodrigues, mais conhecida como dona Linda. Fundadora de um dos mais antigos terreiros do bairro; a sua história dentro da religião soma mais de cinqüenta anos. Rosalina diz que quando a sua mãe chegou em Campo Grande e fundou o centro, as ruas ainda não eram asfaltadas e a casa ainda era de tábua.
Com o passar dos anos o bairro foi crescendo, ganhando novos moradores, aumentando assim o número de freqüentadores do centro de dona Lindalva; hoje conhecido como Centro Espírita Santa Bárbara.
Para Dona Lucy Pessoa, 70 anos, e católica fervorosa essa mistura de cultos não é interessante. “Apenas queria que todos seguissem uma religião cristã, sendo do catolicismo ou não. As pessoas se colocam confiantes em serem católicas só quando são questionados, mas na prática é diferente.” Afirma a aposentada.
De pensamento igual ao de Lucy, e de religião diferente está Elsony Moraes, 42 anos, que mora no bairro há 22 anos. Criada no evangelho, informa que as pessoas buscam as religiões por moda e no dia-a-dia são descrentes do que vivem. “Às vezes as pessoas batem a mão no peito ou defendem a bandeira da sua denominação como a única no mundo; sem cumprir ou viver o que se diz.Tenho vizinhos que não possuem nenhuma religião, mas convivo com todos eles para ser mantido o respeito.” Declara Elsony Moraes.
Para o Pastor da Igreja batista de Campo Grande Francisco Dias, é que a diversidade de religião é importante existir e afirma: “Deus deu ao homem o livre arbítrio e o direito de escolher”. Quanto à convivência entre pessoas de religiões diferentes o Pastor afirma: “respeitar é o fator primordial para o ser humano. Eu creio que a verdade é Cristo e só Ele salva", conclui o mesmo.
Religião e Ações Socias andam juntos
Fiéis fazem sua contribuição em projetos sociais para comunidade de Campo Grande
Por Adriana Dutra
Como foi visto na matéria anterior, o bairro além de revelar uma diversidade de manifestações religiosas, estas também trazem um papel significativo em projetos sociais na comunidade.
A Igreja Batista em Campo Grande, conhecida pela sigla IBCG, foi organizada em 25 de novembro de 1930. O seu tempo contribui na história do bairro e suas primeiras reuniões foram realizadas em uma casa pequena de nº27 na rua São Caetano, mudando em 1965 para a Estrada de Belém (local atual).
O primeiro líder foi Pr. Francisco Gregório, depois teve mais seis pastores e atualmente o sétimo que já está há quase dezessete anos é o Pr. Francisco Dias que além de ser Pastor é Psicólogo Clínico, Assessor Familiar e Mestrando em Psicologia.
Segundo Francisco, ser pastor de uma igreja de bairro não é fácil, “só passaram por aqui um total de sete pastores, com isso chamamos atenção para o diferencial não da igreja, mas do bairro”, declara Dias.
A IBCG como é conhecida pelos fiéis e moradores do bairro, em toda a sua história é considerada a única igreja evangélica do bairro que tem a permanência de seus líderes espirituais por um muito longo.
Assumindo o seu papel em trabalhar pelas famílias do bairro. Francisco afirma: “Os jovens da comunidade hoje são o efeito e não a causa. Temos que atingir a causa, que são seus pais e o seu lar.”.
Assim como outras religiões, que oferecem sopões, arrecadações de alimentos, campanha do quilo ou bingos beneficentes, a Igreja de Campo Grande também trabalha na questão social da comunidade. Vários projetos foram realizados pela igreja. Dentre eles: Um consultório odontológico em parceria com uma igreja dos Estados Unidos que funcionou por 3 anos, e atendia cerca de 800 pessoas.
O projeto “Justiça nas Ruas” tirando documentos para comunidade, em um total de 1.600 pessoas que foram atendidas; distribuição de presentes para as crianças carentes em datas comemorativas; cursos profissionalizantes, para jovens e adultos; e o mais recente que está em fase de conclusão é o bolsa leite e alimento.
Francisco Dias reconhece que as igrejas devem fazer um papel não apenas de evangelizar ou buscar fiéis para sua doutrina, mas de servir a comunidade, pois é um trabalho bem mais árduo quando se fala em ajudar o outro.
E declara: “O meu sonho para o bairro de Campo Grande é o de uma comunidade que motivada pelo amor, a comunhão e os princípios cristãos, empreenda esforços todos os dias para debelar o mal e a violência que nos assola tornando-nos conhecidos não pelo bairro da violência e dos assaltos, mas sim por um bairro onde Cristo Jesus habita e que por isso é um lugar onde podemos ainda criar nossos filhos", finaliza.
Por Adriana Dutra
Batuques, mesa branca, terços e orações são práticas religiosas encontradas em qualquer cidade ou país, e no bairro de Campo Grande não é diferente.
Num simples passeio pelo bairro e adjacências, podemos observar a diversidade das manifestações religiosas, descobrimos que existem aproximadamente 32 locais onde as pessoas exercitam a sua fé: 13 igrejas evangélicas; 4 igrejas católicas (incluindo capelas); 7 centros espíritas, e 8 centros de umbanda.
Além dessas citadas, existem também no bairro de Torreão a Igreja dos Mórmons e uma Loja Maçom em Campo Grande. Mas um fato é curioso; boa parte das pessoas que freqüentam as duas últimas “igrejas” não moram na comunidade.
Não se sabe ao certo o que leva essas pessoas a procurarem instituições religiosas, a fim de encontrarem respostas para suas aflições. A fé religiosa, é bastante presente também entre os moradores, embora existam várias doutrinas diferentes respeito entre eles é notável, pois convivem harmoniosamente no mesmo bairro. Não basta ser apenas um praticante de cada uma dessas religiões; segundo alguns dos entrevistados, a religiosidade vai muito além do que se pode explicar e exige respeito da sociedade como um todo, visto que todos têm liberdade para praticar a religião que melhor lhe convém.
A dedicação pela religião em alguns casos, vem de berço; a exemplo da Rosalina Rodrigues filha da mãe de santo Lindalva Rodrigues, mais conhecida como dona Linda. Fundadora de um dos mais antigos terreiros do bairro; a sua história dentro da religião soma mais de cinqüenta anos. Rosalina diz que quando a sua mãe chegou em Campo Grande e fundou o centro, as ruas ainda não eram asfaltadas e a casa ainda era de tábua.
Com o passar dos anos o bairro foi crescendo, ganhando novos moradores, aumentando assim o número de freqüentadores do centro de dona Lindalva; hoje conhecido como Centro Espírita Santa Bárbara.
Para Dona Lucy Pessoa, 70 anos, e católica fervorosa essa mistura de cultos não é interessante. “Apenas queria que todos seguissem uma religião cristã, sendo do catolicismo ou não. As pessoas se colocam confiantes em serem católicas só quando são questionados, mas na prática é diferente.” Afirma a aposentada.
De pensamento igual ao de Lucy, e de religião diferente está Elsony Moraes, 42 anos, que mora no bairro há 22 anos. Criada no evangelho, informa que as pessoas buscam as religiões por moda e no dia-a-dia são descrentes do que vivem. “Às vezes as pessoas batem a mão no peito ou defendem a bandeira da sua denominação como a única no mundo; sem cumprir ou viver o que se diz.Tenho vizinhos que não possuem nenhuma religião, mas convivo com todos eles para ser mantido o respeito.” Declara Elsony Moraes.
Para o Pastor da Igreja batista de Campo Grande Francisco Dias, é que a diversidade de religião é importante existir e afirma: “Deus deu ao homem o livre arbítrio e o direito de escolher”. Quanto à convivência entre pessoas de religiões diferentes o Pastor afirma: “respeitar é o fator primordial para o ser humano. Eu creio que a verdade é Cristo e só Ele salva", conclui o mesmo.
Religião e Ações Socias andam juntos
Fiéis fazem sua contribuição em projetos sociais para comunidade de Campo Grande
Por Adriana Dutra
Como foi visto na matéria anterior, o bairro além de revelar uma diversidade de manifestações religiosas, estas também trazem um papel significativo em projetos sociais na comunidade.
A Igreja Batista em Campo Grande, conhecida pela sigla IBCG, foi organizada em 25 de novembro de 1930. O seu tempo contribui na história do bairro e suas primeiras reuniões foram realizadas em uma casa pequena de nº27 na rua São Caetano, mudando em 1965 para a Estrada de Belém (local atual).
O primeiro líder foi Pr. Francisco Gregório, depois teve mais seis pastores e atualmente o sétimo que já está há quase dezessete anos é o Pr. Francisco Dias que além de ser Pastor é Psicólogo Clínico, Assessor Familiar e Mestrando em Psicologia.
Segundo Francisco, ser pastor de uma igreja de bairro não é fácil, “só passaram por aqui um total de sete pastores, com isso chamamos atenção para o diferencial não da igreja, mas do bairro”, declara Dias.
A IBCG como é conhecida pelos fiéis e moradores do bairro, em toda a sua história é considerada a única igreja evangélica do bairro que tem a permanência de seus líderes espirituais por um muito longo.
Assumindo o seu papel em trabalhar pelas famílias do bairro. Francisco afirma: “Os jovens da comunidade hoje são o efeito e não a causa. Temos que atingir a causa, que são seus pais e o seu lar.”.
Assim como outras religiões, que oferecem sopões, arrecadações de alimentos, campanha do quilo ou bingos beneficentes, a Igreja de Campo Grande também trabalha na questão social da comunidade. Vários projetos foram realizados pela igreja. Dentre eles: Um consultório odontológico em parceria com uma igreja dos Estados Unidos que funcionou por 3 anos, e atendia cerca de 800 pessoas.
O projeto “Justiça nas Ruas” tirando documentos para comunidade, em um total de 1.600 pessoas que foram atendidas; distribuição de presentes para as crianças carentes em datas comemorativas; cursos profissionalizantes, para jovens e adultos; e o mais recente que está em fase de conclusão é o bolsa leite e alimento.
Francisco Dias reconhece que as igrejas devem fazer um papel não apenas de evangelizar ou buscar fiéis para sua doutrina, mas de servir a comunidade, pois é um trabalho bem mais árduo quando se fala em ajudar o outro.
E declara: “O meu sonho para o bairro de Campo Grande é o de uma comunidade que motivada pelo amor, a comunhão e os princípios cristãos, empreenda esforços todos os dias para debelar o mal e a violência que nos assola tornando-nos conhecidos não pelo bairro da violência e dos assaltos, mas sim por um bairro onde Cristo Jesus habita e que por isso é um lugar onde podemos ainda criar nossos filhos", finaliza.
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